Domingueros Viti

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sábado, 14 de diciembre de 2024

Urrós. Portugal.Trilhos do Portugal

 Si a alguien le interesa, Portugal está relativamente cerca y merece la pena perderse por sus pueblos y gentes.

* https://es.wikiloc.com/rutas/senderismo/portugal/braganca/urros







Este percurso faz parte integrante da Rede Municipal de Percursos Pedestres do Concelho de Mogadouro. Tem início junto ao edifício da Junta de freguesia, em Urrós, com uma extensão de aproximadamente 14,4 km. Seguindo em direção à Torre Sineira e ao Museu Rural de Urrós, que expõe um conjunto de objetos associados ao cultivo dos cereais e a sua transformação em pão. Já fora da aldeia pode ver-se a Cascata do Poço da Frágua. Mais adiante, encontramos as ruínas da Capela de São Fagundo, um antigo templo medieval que ainda mantém intactos o portal frontal e o arco triunfal da capela-mor. Nas proximidades, é possível observar várias sepulturas medievais escavadas na rocha, conjunto denominado por Necrópole de São Fagundo, e também as pegadas dos Mouros, pequenas covinhas e pegadas gravadas no granito.

Desconhece-se a razão da sua existência e a sua funcionalidade. O percurso encaminha-se pelo planalto com passagem por entre olivais tradicionais, vinhedos e amendoeiras, característicos da região, até chegar ao Miradouro da Cerca, que permite contemplar as arribas do rio Douro e as escarpas abruptas que separam o planalto Mirandês das terras de Espanha. Daqui, o trilho segue até ao Castro do Picão da Bouça d’Aires, onde se vêem vestígios de um antigo povoamento castrejo, e aos miradouros, aos quais é atribuido o mesmo nome que ao Castro. Pelo caminho, encontramos um ponto interessante, uns degraus escavados na rocha. A população local chama-lhe Altarico, pois dá a sensação de se subir a um pequeno altar. São, no entanto, entalhes de assentamento de uma construção, possivelmente dos períodos romano ou medieval. Durante o percurso, podem ver-se diversas construções de arquitectura tradicional portuguesa, como as corriças, os pombais, os moinhos de água, os poços e as peculiares cegonhas. Estas últimas, são um engenho para retirar água do poço e posteriormente regar a horta. No final do percurso pedestre e já muito próximo da aldeia de Urrós, encontramos as Bodegas, galerias abertas na rocha, onde antigamente se conservavam o vinho e alguns alimentos. Aqui, consegue ter-se temperatura bastante mais fresca do que no exterior. A passos curtos encontramo-nos no final desta belíssima caminhada, cheia de histórias, cultura e tradições." Fonte: website da Câmara Municipal de Mogadouro.

URRÓS

Toda a freguesia tem as condições ideais para ter servido com eficácia as populações castrejas, necessariamente precisadas de segurança e de protecção. Urreta Malhada e Cerco são povoados abertos desse período, encontrados há alguns anos nesta freguesia. Em Meirede, foram achadas diversas moedas romanas e outros objectos, como pedaços de cerâmica e machados, da mesma época. Encontram-se actualmente, estes objectos, no Museu Regional de Bragança.

Pré-história. Há alguns indícios que sugerem que no município de Urros eram pequenos enclaves habitada durante o período Neolítico, cerca de 5.000 aC. Estes incluem a gruta do Buraco dos Morcegos, uma imensa caverna no telefone de um penhasco ao longo da margem do rio Douro, que leva o nome de morcegos que estão no seu limite máximo. Existem vestígios de pinturas. Esse tempo também é uma rocha chamada Peña Campã, que soa como uma bigorna, tendo feito cavidades illo tempore pela água.

Iberos. Mas foi o seu personagem que deu a fronteira, ao longo dos séculos, uma condição ideal para se tornar um enclave militar. Durante o período Ibérica, a área foi um castro luso o zoela localizado no Pico de Bouça de Aires, em torno da qual havia várias áreas habitadas. Daí que alguns chamam de Castelo de Bouça de Aires. A partir deste período são contas de vidro azul e um bezerro de ouro. A legenda diz: "Entre o Castelo de Bouça de Aires / E o sítio de Correchá / Há um bezerro de ouro / Quem o achar seu será".

Romanos. Durante a época romana, uma outra força de pe-flauta um pouco mais ao sul, Urreta Malhada, onde encontraram várias moedas, cerâmica, tecido e um anel de bronze. Perto de São Facundo, elas estão relacionadas a Castro Baldoeiro ou Cidade Baniense. Ele era um foco ativo de romanização, por suas minas de sal e sua localização estratégica na Lusitânia, o que resultou em ainda a criação de um segundo núcleo: Meixide (Meireide atual). Não foram encontradas partes do neolítico (um machado de sílex e um arado de ferro), lápides e moedas romanas (um centavo da época de Augusto, um cunhado de Júlio César em Girona, um asse de Galiano, e um dos Constantino, cunhada em Narbona), agora no Museu Regional de Bragança.

Mas o maior vestígio de povoamento castrejo em Urrós deve ser mesmo o Castelo de Oleiros. Encontra-se num alto fronteiro a Espanha, que terá sido inicialmente um castro lusitano. A romanização não faltou, conforme se depreende dos diversos achados: lápides, esculturas, cerâmica vária (talvez daí o nome de Oleiros), tudo da época romana.

As lendas sobre mouros e mouras, nestes lugares de Urrós, abundam, como aliás em toda a região. Uma delas diz que em Tomelar, numa fraga próxima da ponte do mesmo nome, está gravada a pegada do diabo, que ali bem desempenharia o papel de um mouro amaldiçoado. Diz o povo que o tal mafarrico passou por ali quando corria atrás de Nossa Senhora, em fuga para o Egipto.

Nas Inquirições de 1258, aparece já uma referência à freguesia, embora de forma indirecta. Uma prova da sua existência anterior. Todas as suas terras pertenciam então a vilãos-herdadores e nada à coroa. Por estar junto à fronteira, sofreu sempre as consequências das escaramuças entre Portugal e Espanha.


A nível eclesiástico, Urrós foi inicialmente da paróquia de Sendim até constituir abadia independente. No entanto, o pároco de Sendim apresentou sempre o abade desta freguesia, que por volta do século XVIII tinha de rendimento anual apenas o pé de altar, caso raro, senão único, em todo o País.

Segundo o Cadastro da População do Reino, ordenado em 1527 por D. João III, Urrós pertencia ao termo de Algoso e tinha noventa fogos, a que deveriam corresponder mais de duzentos moradores. Um número importante para a época e que se explica pelo estatuto que logo a seguir à fundação da Nacionalidade adquiriu no concelho em que se integrava. Apenas na sede concelhia vivam por essa época mais pessoas.

Curioso documento sobre Urrós é o “Tombo dos bens da comenda de Algoso”, de 1684. Nesse documento, são demarcados com clareza os limites da freguesia: “Comesa desdonde chamão ao Baceial junto ao rio Douro e core rio abaixo ao Castello de Oleiros e dahi vai rodeira asima ate as Penas de Luis Sanches e dali vai ao Péguão de Gemonde e corta por baixo da Cortinha do Marmeleiro que oje de Manoel Pires deste luguar por sima da Ribeira donde esta hum marquo com hua cruz e dahi vai as Penas da Siara e core ao piquão e quabeço do Chelrequo donde esta hum marquo entre dous penedos nos quais esta uma cruz e dahi vai a Pena donde se fazem as cartas e escrituras donde esta hua cruz e dali vai a Pena Figueira e core a Pena do Vasso e dali corta ao Quabeço do Quaguadeiro, e dahi toda a rodeira e estrada diguo em te a estrada de Brinhosinho toda a estrada e rodeira ate a estrada de Mourisquo”. Um curioso documento e que na época deu aso a fortes polémicas entre Urrós e as povoações circunvizinhas.

Em 1710, durante a Guerra dos Setenta Anos, os espanhóis invadiram a área. Foi então quando Urrós foi erigida na sua localização atual, depois ter deixado o castelo de Oleiros. Em 1718, o rei renovou seu legal e torna-se uma nova Tombo na localidade. Depois da guerra com Espanha em 1762, muitas pessoas começaram a viagem de migração ou do exílio, principalmente para Salamanca e Zamora. Isso afetou mesmo as famílias mais importantes, como os Rodrigues de Algoso, que depois de passar por Villalube, Benegiles e Fresno de la Ribera estabelecerom-se em Alcañices. Até 1771 não foi reconstruída a igreja paroquial, cujo altar barroco foi o trabalho do artista plástico Francisco António da Silva, de Mogadouro, enquanto a madeira foi de José Gonçalves, de Sanhoane).

* https://es.wikiloc.com/rutas-senderismo/pr3-mgd-trilho-de-sao-fagundo-153024237






Apesar das condições meteorológicas não serem as mais confortáveis, esta foi uma bela caminhada, repleta de pontos interessantes, tanto a nível natural, histórico, de cultura e de tradições.

Este PR3 está muito bem delineado, sendo muito fácil de seguir (a sinalética foi recentemente remarcada) pelo que consideramos o grau de dificuldade de fácil.

Destacamos como pontos interessantes a Torre Sineira e o Museu Rural de Urrós (que lamentavelmente se encontrava fechado). Fora da aldeia, a Cascata do Poço da Frágua e as ruínas da Capela de São Fagundo, com o seu portal frontal e arco triunfal preservados.

O percurso decorre por entre vinhedos e olivais e por pequenos núcleos de zimbrais até chegar ao miradouro da Cerca, donde podemos contemplar as deslumbrantes arribas do rio Douro e as escarpas que separam o planalto Mirandês da vizinha Espanha.

O trilho continua até o Castro do Picão da Bouça d'Aires, onde podemos testemunhar os vestígios de um antigo povoamento castrejo.

O caminho de regresso desta bonita rota leva-nos a passar por construções tradicionais portuguesas, como corriças, pombais, poços e cegonhas ou picotas e ao retornar à aldeia, a descobrir as Bodegas, galerias abertas na rocha usadas para armazenar vinho e alimentos, engenho que já conhecíamos de outras rotas pelo norte de Portugal.

NOTA IMPORTANTE:

O miradouro da Cerca tem acesso interdito nos meses de Maio a Junho, por motivo da nidificação da Águia de Bonelli ou Águia Perdigueira. Por esse facto, julgamos nós, não existe sinalética desde a vedação (cabo de aço) perto do final da variante até ao miradouro.

* https://es.wikiloc.com/rutas-senderismo/urros-trilho-de-sao-fagundo-169974755

Nos acercamos hasta Urrós para hacer la ruta Trilho de São Fagundo (14 km): lugares a ver son las bodegas de Urrós, el Miradouro do picao da Bouza D´Aires, el Miradouro da Cerca, la Pedra furada y la Capela da São Fagundo.





* Una segunda ruta entre Bemposta y Lamoso para ver la Cascata Faia da Agua Alta (ruta de 9 km, pero solo desde Lamoso 4 km).

* Y una tercera por Peredo de Bemposta: Trilho das Lendas (15 km). Para apreciar los olivares, viñedos y el Miradouro de Picões.


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